Exposição
POEMAS DE WALDEREZ DE BARROS ILUSTRADOS EM 21 GRAVURAS
no MACRGS em Porto Alegre
De 1 de abril a 16 de maio de 2010 a Galeria Xico Stockinger do Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul, localizado na Casa de Cultura Mário Quintana no centro de Porto Alegre, apresenta a exposição de 21 gravuras ilustrativas dos poemas escritos pela atriz Walderez de Barros, uma das grandes atrizes brasileiras de teatro, cinema e televisão.
A iniciativa desta mostra é do grupo de artistas integrantes -do qual faço parte- do Ateliê Calcográfico Iole, de São Paulo, coordenado por Iole Di Natale. Conta, ainda, com o apoio da ABA-Núcleo, a Associação Brasileira de Aquarela e da Arte sobre Papel.
Muitos conhecem a atriz Walderez de Barros por seu consagrado desempenho no teatro, grandes interpretações em novelas e marcante atuação no cinema, além dos inúmeros prêmios recebidos em 45 anos de carreira. Entretanto, poucos sabem de seu talento literário que agora inspira o trabalho deste coletivo composto por 21 gravadores. Juntos, estes artistas selecionaram 16 poemas de Walderez, dentre muitos outros ainda inéditos, feitos em um clima introspectivo e particular paralelo à sua atividade principal como atriz.
-
Walderez de Barros e eu
-
A exposição trata do percurso lírico-literário de uma grande mulher que extravasa a percepção comum das coisas e envereda pela compreensão mais atenta da realidade, narrando seus sentimentos diante do mundo e do cotidiano onde nunca deixou de protagonizar a dúvida, a alegria, a dor, o prazer e tantas outras possibilidades humanas.
Impactada pela beleza e pela experiência universal que estes poemas representam, a artista plástica e gravadora Iole Di Natale reuniu em seu ateliê um grupo de 21 artistas que escolheram 16 poemas de Walderez para serem ilustrados em gravuras em metal.
O projeto levado a cabo durante dez meses pelo Ateliê Calcográfico Iole consiste de 21 ilustrações, feitas por cada um dos artistas que descrevem suas interpretações pessoais dos poemas de Walderez, transformando-os em imagens impressas sobre papel. O processo técnico que envolve uma matriz de cobre permite uma tiragem limitada de 30 cópias, de cuja edição, organização e apresentação resultam um álbum ilustrado, que agora se transforma em exposição para ser apreciado pelo grande público.
-
...escolhi este poema
-
Tenho a cabeça cheia de palavras
e da minha boca
só sai pensamento.
Tenho tentado em vão
dizer coisas
simples
como elas são.
Tenho tentado sempre
ser um manso-quieto
viver a vida
sem elocubrar.
Que erro básico
na minha estrutura
não me permite
viver como pedra?
-
para ilustrá-lo fiz esta gravura-
Tenho a cabeça cheia de palavras
e da minha boca
só sai pensamento.
Tenho tentado em vão
dizer coisas
simples
como elas são.
Tenho tentado sempre
ser um manso-quieto
viver a vida
sem elocubrar.
Que erro básico
na minha estrutura
não me permite
viver como pedra?
-
-
Territórios de Walderez, 2007
água-forte, água-tinta e ponta-seca, 40 x 30 cm PA
-
A exposiçao está no MAC - RS de 1 de abril a 16 de maio de 2010 MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DO RIO GRANDE DO SUL - Galeria Xico Stockinger
Rua dos Andradas, 736 – 6º andar tel 3221 5900
Terças a sextas das 9:00 as 21:00h
Sábados e domingos das 12:00 as 21:00h
-
Sucesso!!!!!
ResponderExcluirBeleza de trabalhos!!!!
bjs
Olá Cassiano, vc tem umas séries ótimas aqui. Particularmente gostei muito das séries 'vestígios' e 'entornos do rio'. Lindo trabalho. E o poema, sou eu no trecho:'tenho tentado em vão dizer coisas simples como elas são'. E o bacana é que a sua ilustração me pareceu definir bem o último trecho do poema. Bom trabalho. Abraço.
ResponderExcluirObrigado pelo carinho. Estou te seguindo para conhecer mais trabalhos. Aprecio sua espontaneidade. Abraço.
ResponderExcluir