quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

MEMÓRIA IMPRESSA

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A exposição MEMÓRIA IMPRESSA foi exibida
- Casa da Praça, Castro, PR, Brasil. 13 de junho a 10 de julho de 2012.
Galeria de Arte Nello Nuno, Ouro Preto, MG, Brasil.6 a 29 de setembro de 2012.

No texto de apresentação da exposição Memória Impressa o curador Cahoni Chufalo reflete sobre a memória nos seguintes termos:

Uma vez perguntado de onde tirava inspiração para escrever seus poemas, João Cabral de Melo Neto, o mais descrente da inspiração dos poetas, respondeu: da memória. Da memória também é que surgem os trabalhos dos sete gravuristas que compõe a exposição Memória Impressa.

Dizer que as obras surgem da memória pode sugerir algo antigo, ligado ao passado. Afinal, é o passado a matéria prima da memória. É nela que nossas impressões, sensações, sentimentos, conhecimentos e experiências passadas ficam registrados. A memória nos forma. Daí ser natural artistas utilizarem suas memórias como material artístico. No caso dos artistas aqui expostos, não de forma nostálgica ou saudosista, mas manuseando aquilo que têm de mais íntimo e atrativo, digno de ser transformado em arte.

Paisagens, imagens oníricas, fotografias antigas, amores, sensações, objetos, livros. Na presente exposição, cada artista opta por um aspecto de suas lembranças. Saindo da imaterialidade da memória, elas ganham corpo, presença e vida ao fixarem-se nas chapas de metal. Da memória ao papel, cada artista trilha um percurso poético que cabe ao espectador tentar refazer. De onde provêm essas imagens? O que as formou? Em que tipo de pessoa elas são possíveis?

Mais do que gravuras, Memória Impressa expõe um pouco do que são e do que forma esses sete artistas. Agindo criativamente sobre a memória, cada um deles constrói uma nova presença no tempo, uma nova possibilidade de experiência. E se é certo que a arte aspira à eternidade, então o que vemos não são apenas memórias e impressões; são também pequenos antídotos ao esquecimento.

Algumas gravuras minhas vistas na exposição


Cassiano Pereira Nunes
As matas I, 2012
água forte, água tinta e ponta seca, 15 x 13,1 cm


Cassiano Pereira Nunes
As Matas V, 2012
água forte, água tinta e ponta seca, 14,9 x 13,1 cm


Cassiano Pereira Nunes
As matas VI, 2012
água forte e água tinta, 20 x 30 cm


Casiano Pereira Nunes
As matas XIII, 2012
água forte e água tinta, 21,5 x 42,5


terça-feira, 15 de janeiro de 2013

REGISTROS GRÁFICOS E FOTOGRÁFICOS


Registrar é impreciso. Preciso é o resultado, que instiga a memória, agiliza a mão e a mente, e fragiliza e desmente a razão.
Eles vão surgindo, onde quer se vá, basta um toque de uma cor, de uma brisa ou ventania, uma linha reta-curva da natureza. Num instante um lápis e/ou um clique materializam o gesto.
Registros...


Coqueiros - Aracaju, 2011


Crepúsculo - São Paulo, 2012


Desenho, 2011


Praia-Aracaju, 2011


Desenho, 2012

domingo, 13 de janeiro de 2013

14th International Small Engraving Salon 2012


Gravuras no Florean Museum

Mostrei cinco gravuras no 14th International Small Engraving Salon 2012 realizado no Florean Museum em Baia Mare, Romênia, em maio de 2012. 
Duas dessas gravuras estão postadas abaixo.

Cassiano Pereira Nunes
As matas VIII, 2012
ponta seca,14,9 xc 13,1 cm P.A. II/III


Cassiano Pereira Nunes
As matas III, 2012
água forte, água tinta e ponta seca, 15  x 13,1 cm P.A. II/III


domingo, 6 de janeiro de 2013

REVENDO AQUARELAS


PAISAGENS, MORANDI E DAREL 


Revendo alguns trabalhos, não tão recentes, que ora posto aqui, acabei por me lembrar deste episódio que li há algum tempo, quando da exposição de Darel na Graphias, em São Paulo, reportado pelo curador Nori Figueiredo.

“Segundo afirmativa do artista Darel Valença Lins, em sua primeira viagem à Europa, a riqueza artística de Roma, o impacto do passado greco-romano e a Renascença, disponíveis em cada colina, em cada igreja, mais as experiências das vanguardas o deixaram embasbacado. Tudo estava feito. O que fazer?
O pulo Recife/Roma, embora via Rio de Janeiro, foi traumático.
Em uma conversa com Morandi, com quem conviveu durante em sua permanência na Itália, Darel questionou:
“Arte abstrata ou figurativa”?
Morandi respondeu a isso de maneira curiosa:
“Precisamos reencontrar a confiança que perdemos na natureza”.
Aproximando-se de uma janela Darel olhou para a paisagem enquadrada por ela e insistiu:
“Nesta natureza que vemos”?
Respondeu Morandi:
“Não na que vemos, mas naquela que nós cremos”.
Nasceu aí o olhar que a partir dos anos sessenta do século vinte criaria, na Espanha, a extensa série de calcografias chamada de Cidades. As vistas, desenhadas por trama vigorosa, um entrecruzar de traços que as velam e desvelam, revelam para o embate abstrato versus figurativo uma sutil solução.

E revivendo este episódio e postando-o aqui fica minha homenagem a esses dois grandes artistas; ao vigor e sutilezas de seus trabalhos que tem sempre a dizer e ensinar mais e mais, a cada vez que nos pomos diante deles, com a mente e o coração. Morandi e Darel.


Cassiano Pereira Nunes
Territórios imprecisos II, 2006,
aquarela s/ papel, 46 x18 cm 


Cassiano Pereira Nunes
Territórios imprecisos XIV, 2006
aquarela s/ papel, 32,1 x 28,5 cm


Cassiano Pereira Nunes
Entornos do rio XXVII, 2010
aquarela s/ papel, 13,9 x 28,3 cm


Cassiano Pereira Nunes
As matas XVI, 2011
aquarela s/ papel, 22,9 x 30,9 cm


quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

MAPAS DE INFLUÊNCIAS


um olhar sobre a gravura brasileira

O projeto proposto por Maura de Andrade  e Maria Pinto  foi selecionado pelo Programa Rede Nacional Funarte Artes Visuais 8ª edição e tem como objetivo reunir um material gráfico concentrando-se na produção atual de alguns artistas na gravura em quatro estados do Brasil: São Paulo – SP, Rio de Janeiro- RJ, Recife – PE e Porto Alegre – RS.
Envolver artistas das regiões sul, sudeste e nordeste mostrando a diversidade na linguagem gráfica que eles possuem, e ao mesmo tempo resgatando a memória da gravura brasileira é a nossa proposta.
Foi mostrado em
- Museu do Estado de Pernambuco, Recife, Brasil. 13 a 30 de dezembro de 2012.
- Graphias - Casa da Gravura, São Paulo, Brasil. 1 a 22 de dezembro de 2012.
- Oficina Cultural Oswald de Andrade como parte do evento SP Estampa 2012, São Paulo, Brasil. 5 a 31 de maio de 2012. 


Participei com a gravura abaixo

Cassiano Pereira Nunes
La niña, 1971-2002 – versão sanguínea
ponta seca,  imp.2012 


A exposição na Oficina Cultural Oswald de Andrade