terça-feira, 22 de novembro de 2011

Dia Mundial da Aquarela 23 de novembro de 2011

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Homenageio neste Dia Mundial da Aquarela todos seus pintores e lembrando da sabedoria da água que nunca discute com seus obstáculos, mas contorna-os e avança.

Aquarela mostrada na exposição Identidade / Brasilidade - o Brasil sob o olhar da aquarela no Espaço Eugénie Villien em São Paulo em outubro 2011.

Cassiano Pereira Nunes
As matas VII, 2011
aquarela s/ papel, 41,2 x 30 cm
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quarta-feira, 2 de novembro de 2011

O rio e a manhã

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Querem uma Luz Melhor que a do Sol!
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AH! QUEREM uma luz melhor que
a do Sol!
Querem prados mais verdes do que estes!
Querem flores mais belas do que estas
que vejo!
A mim este Sol, estes prados, estas flores contentam-me.
Mas, se acaso me descontentam,
O que quero é um sol mais sol
que o Sol,
O que quero é prados mais prados
que estes prados,
O que quero é flores mais estas flores
que estas flores -
Tudo mais ideal do que é do mesmo modo e da mesma maneira!

Alberto Caeiro, in Poemas Inconjuntos
Heterônimo de Fernando Pessoa

Este trabalho esteve na exposição Passagens e Paisagens - Rio Paraíba do Sul na Fundação das Artes, São Caetano do Sul, Brasil. em agosto/setembro de 2011.

Cassiano Pereira Nunes
Entornos do rio XIV aquarela s/ papel 21,1 x 50 cm
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segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Lembrando de Franz Kafka

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...Era tarde da noite quando K. chegou. A aldeia jazia na neve profunda. Da encosta não se via nada, névoa e escuridão a cercavam, nem mesmo o clarão mais fraco indicava o grande castelo. K. permaneceu longo tempo sobre a ponte de madeira que levava da estrada à aldeia e ergueu o olhar para o aparente vazio.
Depois caminhou à procura de um lugar para passar a noite; no albergue as pessoas ainda estavam acordadas, o dono não tinha quarto para alugar mas, extrema¬mente surpreso e perturbado com o hóspede retardatário, propôs deixá-lo dormir sobre um saco de palha na sala e K. concordou. Alguns camponeses ainda estavam sentados tomando cerveja mas ele não queria conversar com ninguém, pegou pessoalmente o saco de palha no sótão e deitou-se perto da estufa...

...Na parte de cima ficou iluminada apenas a fenda na galeria de madeira, capturando um pouco o olhar errante, uma vez que parecia a K. que agora todas as ligações com ele tivessem sido rompidas e estivesse sem dúvida mais livre que nunca e pudesse ali esperar no local antes proibido para ele quanto tempo quisesse e tivesse lutado por essa liberdade como quase nenhum outro e ninguém tivesse permissão para tocá-lo ou mandá-lo embora, nem mesmo interpelá-lo...
Trechos de O Castelo de Franz Kafka

Cassiano Pereira Nunes
O castelo, água forte e áqua tinta, 19,5 x 19,5 cm

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terça-feira, 7 de junho de 2011

Pequenas viagens

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Itanhaém e Peruíbe

Andando pelo litoral do Estado de São Paulo registrei em fotos, desenhos e aquarelas um pouco da vigorosa natureza nesses lugares, aí vão alguns deles.

 

Itanhaém


Rio Itanhém


Igarapés no Rio Itanhaém


Rio Itanhém



Rio Itanhém


o mar, misterioso mar...


noite chegando


na ilha do Maurício


Peruíbe


Peruíbe


sexta-feira, 3 de junho de 2011

Remexendo gavetas


Lembrando do que disse Iberê Camargo “A memória é a gaveta dos guardados”, e remexendo nessa gaveta e também na da mapoteca, que na realidade são complementares e muito íntimas, percebo ainda que, nós que pintamos, que a dos guardados está materialmente “ilustrada e recriada” com o que se encontra na mapoteca e/ou em paredes nossa e de muitos outros...

Foi nessa remexida, na dos guardados e nas paredes alheias, que me deparei com trabalhos, de pelo menos duas décadas, que comprovam que só se pinta, desenha, grava o visto, o vivido, o sentido...

Muitos dizem que somos o que comemos, certamente verdadeiro nestes tempos de alimentação "politicamente correta", mas também e fortemente para mim, somos o que vemos. Sou o que vejo e vi.

O mundo e o momento dos trabalhos abaixo reproduzidos foram vistos, intensa e/ou dolorosamente sentidos, estão aí a provar que vão ainda viver muito e mexer com gavetas dos guardados de muita gente.


Retrato falado de um herdeiro, 1987,
aquarela s/ papel, 69 x 51,8 cm


Duas sobreviventes, 1987,
aquarela s/ papel, 69,2 x 51 cm


Os ídolos, 1987,
aquarela s/ papel, 69,3 x 52 cm






segunda-feira, 28 de março de 2011

Três amigos, Lídia, Cláudia e Rudy

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Amigos são muito amados, queridos, nem sempre tão presentes na nossa vida como gostaríamos, pois aqui vai minha homenagem a estes três.

Lídia que me enviou este
e-mail com o versinho
Cassiano,
É a sua cara! Veja:
"Prezo insetos mais que aviões.
Prezo a velocidade das tartarugas mais que a dos mísseis.
Tenho em mim esse atraso de nascença.
Eu fui aparelhado para gostar de passarinhos.
Tenho a abundância de ser feliz por isso.
Meu quintal é maior do que o mundo"

Autor: Manoel de Barros
Muito bonito, não é mesmo?
Um abraço,
Li

Cláudia que ganhou esta aquarela no Natal
e não acreditava.
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Entornos do rio XXIX, 2010, aquarela s/ papel, 16 x 29,5 cm
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-Rudy, amigo de muitas décadas, no seu quintal vi a jabuticabeira e a desenhei.
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Jaboticabeira no quintal
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sexta-feira, 11 de março de 2011

Acqua Águas Aguadas Aquarelas - na Estação Sé do Metrô de São Paulo

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A Companhia do Metropolitano de São Paulo apresenta a exposição de Acqua Água Aguadas Aquarelas na Estação Sé, de 8 a 31 de março de 2011, com a participação de 17 artistas, em comemoração ao Dia Mundial da Água - 22 de março.

O projeto de exposição foi idealizado por Fátima Lourenço, com produção dela mesma e de Marinês Takano e curadoria de Antonio Carlos Abdalla.
Participo com o este trabalho.-


Cassiano Pereira Nunes
As matas XI - Beira, 2011,
aquarela s/ papel, 66,8 x 50,5 cm
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Estudo em grafite para As matas XI - Beira
a partir de vista de Ilhéus-BA
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quinta-feira, 10 de março de 2011

IX Bienal Internacional de La Acuarela do México 2010

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De dezembro de 2010 a fevereiro de 2011, foi realizada Museo Nacional de La Acuarela “Alfredo Guati Rojo” na cidade do México, a IX Bienal Internacional de La Acuarela - México 2010, com quase 200 artistas de 23 países. Participei com este trabalho.
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Cassiano Pereira Nunes
As matas II, 2010, aquarela s/ papel, 56 x 76 cm
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Estudo em grafite para As matas II
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sábado, 5 de fevereiro de 2011

O desafio das matas

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As matas, todos tipos de vegetação, particularmente as árvores continuam me desafiando, e se fazendo o leitmotiv da minha pintura e outras expressões. Desafiam me suas formas, cores; seus verdes, texturas; os diálogos e antagonismos que tem entre si. É pesquisa e aprendizado para muito tempo. O fascínio do que se vê e do que se faz. Aí está um pouco de tudo isso.
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Cassiano Pereira Nunes
As matas VI , aquarela s/ papel, 5 x 29,5 cm
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Cassiano Pereira Nunes
Matas urbanas, 2010, grafite s/ papel
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Cassiano Pereira Nunes
As matas V, 2010, aquarela s/ papel, 24 x 17 cm
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